21 de novembro de 2024
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Quais foram os principal fatores que contribuiram para o crescimento de 1,4% do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2024?

 Quais foram os principal fatores que contribuiram para o crescimento de 1,4% do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2024?

O Produto Interno Bruto (PIB), pela ótica da demanda, registrou crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024, em comparação com o primeiro trimestre, com ajuste sazonal, totalizando R$ 2,9 trilhões no período. Esse resultado foi impulsionado pelo consumo das famílias (1,3%), pelo consumo do governo (1,3%) e pela Formação Bruta de Capital Fixo (2,1%).

Em 2023, o consumo das famílias representou 63,5% do PIB, tornando-se a rubrica mais significativa e o vetor mais importante para o crescimento do Produto Nacional. Em termos absolutos, o consumo das famílias atingiu R$ 6,7 trilhões em 2023, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), demonstrando sua expressividade na economia brasileira.

O crescimento robusto do consumo das famílias em 2024 é resultado de uma combinação de fatores: a) um mercado de trabalho mais aquecido; b) ganhos reais no salário mínimo e nos benefícios previdenciários; c) aumento nos valores dos benefícios sociais (transferência de renda); d) outras despesas públicas realizadas pelo governo.

De acordo com o Ministério do Trabalho, foram criados 1,3 milhão de empregos formais nos seis primeiros meses de 2024, representando um aumento de 26,2% em comparação ao mesmo período de 2023. Esses foram os melhores seis primeiros meses para a geração de empregos desde 2022, quando foram criadas 1,39 milhão de vagas formais. O setor de serviços liderou as contratações, seguido pelo comércio e pela indústria.

Outro fator importante para o expressivo crescimento do PIB no segundo trimestre foi a política do governo atual de conceder aumentos no salário mínimo, recursos previdenciários e benefícios sociais (como o Bolsa Família) acima da inflação. Em 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou com uma alta acumulada de 4,62%, enquanto o salário mínimo passou de R$ 1.320,00 em 2023 para R$ 1.412,00 em janeiro de 2024, um aumento de 6,97% bruto, ficando, portanto, 2,35% acima do IPCA, representando um crescimento real da renda.

Esse ciclo virtuoso de crescimento no segundo trimestre significou mais pessoas empregadas, com renda e consumindo. O aumento da renda real acima da inflação, aliado ao maior consumo, impactou positivamente o PIB trimestral, demonstrando a importância do consumo das famílias para o desempenho econômico do país.

Bruno Mota

Pai, Economista

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redação

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