24 de novembro de 2024
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Festas de São João para pessoas com autismo precisam de adaptação, afirma especialista 

 Festas de São João para pessoas com autismo precisam de adaptação, afirma especialista 

Com a chegada do São João, muitos itens estão na lista de preparativos: música, fogos, alimentos e roupas. Porém, quando na família há uma pessoa diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), é necessário atenção aos detalhes e adaptação, visto que o som das músicas, fogos e conversas, a quantidade de pessoas nas festas e os cheiros de fogos e fumaça podem ampliar a sensibilidade nesses momentos.

De acordo com Manoela Guimarães, psicóloga e co-fundadora do Gira Mundo, espaço lúdico terapêutico, é necessário que os ambientes das festas juninas passem por adaptação quando há pessoas com TEA. “Se formos analisar, não há um aviso prévio de que os fogos serão tocados para que a pessoa utilize um fone anti-ruido. E por conta dessa falta de inclusão, muitos pais optam por não levar seus filhos para evitar que eles fiquem desconfortáveis e não se desregulam diante de tantos estímulos”, explica.

Manoela também explica que, se os familiares passarem por um processo de conversa e orientação com seus filhos, é possível que os estimule a participar mais dos eventos, sem gerar desconforto. “Nossa expectativa é que outros espaços e inclusive outros ambientes sociais, praças, festas, shows, possam ser também adaptados para crianças, para adultos, para pessoas autistas, para que elas não precisem de fato ‘se esconder’ dessas festas com o intuito de proteção”, conta a psicóloga.

redação

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