Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: especialista alerta para a importância do tratamento adequado
Classificada como uma doença silenciosa, mas que é comum entre muitos brasileiros, a hipertensão tem sido pauta de grandes debates na área da saúde nos últimos anos. Segundo um relatório publicado pelo Ministério da Saúde, no Brasil, o número de adultos diagnosticados com hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos. Ainda de acordo com os dados, os índices da doença saíram de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021.
Popularmente conhecida como pressão alta, o desenvolvimento da hipertensão arterial geralmente está associado a fatores como: obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento. Além disso, o consumo exagerado de sal, geralmente associado a hábitos alimentares não adequados, facilitam o surgimento da doença crônica em grande parte da população.
Visando conscientizar a sociedade, em 26 de abril, é celebrado o Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, instituído pelo Governo Federal através da Lei 10.439, em 30 de abril de 2002. Médico cardiologista no Instituto de Hematologia de Feira de Santana (IHEF), Mark Amâncio ressalta a importância do dia. “A data é muito significativa, principalmente para chamar a atenção da população em geral, afinal, grande parte dela não sente absolutamente nenhum sintoma e, quando vem a sentir, já se trata de uma complicação”, ressalta o especialista.
Sintomas e complicações
Em muitos casos, a hipertensão arterial não apresenta nenhum sintoma, reforçando a necessidade de medir a pressão regularmente. “Alguns pacientes podem sentir dor de cabeça ou na nuca, tontura, palpitações, falta de ar, alteração na visão ou, por muitas vezes, o paciente acaba não sentindo nenhum desses sintomas listados” aponta o cardiologista.
Por conta dessa falta de sintomas diagnosticáveis, as complicações em decorrência da doença podem ser fatais. Os quadros mais agravantes podem ocasionar derrame cerebral, também conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, doença renal crônica e hipertrofia do músculo do coração, podendo ocasionar arritmia cardíaca.