Davi Silva – A EMPREGABILIDADE DE ADOLESCENTES E JOVENS
A empregabilidade de adolescentes e jovens é um dos temas mais debatidos atualmente e é de fundamental importância para o futuro do nosso país. Os estudantes enfrentam vários desafios para conseguirem uma oportunidade de emprego. Apesar dos investimentos na educação e capacitação para o trabalho, os brasileiros jovens ainda precisam ultrapassar uma série de barreiras para ingressar no mercado de trabalho.
A falta de experiência, baixa qualificação, dificuldade de comunicação, baixa autoestima, estereótipos e questões étnico-raciais são alguns dos desafios que eles enfrentam e que impedem de conseguirem uma oportunidade. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, ao final do terceiro trimestre de 2023, a taxa de desocupação entre brasileiros com idade entre 18 e 24 anos é de 18%, mais de duas vezes superior à média nacional, que estava em 8,7% e a taxa de desocupados entre adolescentes de 14 a 17 anos, chega a 31,7%.
Essa dificuldade de inserção acontece também porque as empresas ainda preferem contratar pessoas mais experientes a capacitar iniciantes, mesmo escolarizados. Para superar essas dificuldades, é necessário um esforço coletivo, escolas, empresas, governos, organizações não governamentais e a sociedade em geral podem desempenhar um papel importante na ampliação da rede de empregabilidade para jovens e adolescentes. Os programas de estágio, jovem aprendiz e os projetos sociais que visam capacitar para o trabalho, estão desempenhando um papel fundamental na empregabilidade de adolescentes e jovens no país.
Sem dúvida alguma, ao contratar um jovem, mesmo que seja nas modalidades de estágio ou jovem aprendiz, toda a sociedade sai ganhando, o jovem, a empresa e as famílias. O trabalho molda o caráter, fortalece o respeito e o cumprimento das normas sociais. É essencial buscar a conscientização de uma sociedade que se preocupa e se engaja acerca da importância de proporcionar chances de empregabilidade aos jovens para que eles possam mudar suas vidas, as de suas famílias e da própria sociedade, mitigando as desigualdades sociais, e tendo um papel mais ativo na transformação de suas realidades.
Ofertar capacitação e novas habilidades para a inserção e a permanência deles no mercado de trabalho é o primeiro passo, e oportunizar a eles o primeiro emprego é essencial, pois somente assim será possível construir uma sociedade mais forte e competitiva.
Davi Silva
Pedagogo, Esp. Em Gestão e Coordenação.
Diretor-Presidente da Instituição Fixar Ideias em Camaçari-BA.